terça-feira, agosto 11

SURF LEVADO A SÉRIO

Denis Sarmanho- Domingo Dia dos Pais Denis Sarmanho- Domingo Dia dos Pais

Neste domingo nosso editor foi flagrado treinando forte na praia do Atalaia em Salinópolis, no Pará e aproveitou para falar conosco pela primeira vez sobre os bastidores do surf paraense.

O mar neste domingo cresceu um pouco e deu uma condição de surf nas melhores séries, aproveitei e experimentei meu novo equipamento.

Estou querendo participar do resto das etapas da Federação ainda este ano, apesar de tudo que vou dizer, pois a Federação não é uma pessoa e nem é, de uma pessoa, elas estão na função e são eleitas pelas associações participantes (SABIAM DISSO?), e também correr o Pena Surf Nordeste em novembro em São Luis, logicamente se eu não for escalado para trabalhar na parte técnica do evento, como no ano passado.

Recebi um novo equipamento e estou me adaptando bem com a maroleira 5.11 squash. A prancha é bem soltinha e tá começando a render manobras modernas e com muita pressão.

Pretendo estar entre os dez melhores atletas paraenses no circuito este ano, pois perdi a primeira etapa e não pontuei, estava voltando do WCT em Santa Catarina e não deu para correr esta primeira etapa em Bragança, passei vinte dias fotografando e aproveitando para treinar em boas ondas, nas duas etapas do mundial que rolaram lá em julho, pegando mares de 3 a 6 pés nas praias da Vila e no Rosa Norte em Imbituba e também na praia Mole em Floripa.

Me falaram que ainda terão mais três etapas, diferente do ano passado, que só tiveram duas, então vou poder correr atrás do prejuízo, pois o nível este ano está mais elevado com a entrada do Rafael Corrêa que já corria a Open, mais ainda era atleta da Junior, agora ele tá focado só na Open e já saiu na frente com mil pontos conquistados em Bragança, com o Rodrigo Barros que é Bi campeão paraense, colado na segunda colocação.

Estou muito confiante e com o apoio da Mídia Solutions e da Surfibra Company vou tentar fazer a final em Mosqueiro e emplacar mais uma final em Salinas, onde treino diariamente e conheço bem a vala, fazendo estas duas finais entro direto no primeiro escalão do surf paraense e ganho disposição para brigar pelo título em 2010, se não coincidir de me ausentar do estado nas datas do circuito paraense.

A minha única dificuldade será mostrar meu surf para os juízes aqui no Pará, pois ainda não se viu um bom investimento por parte da Federação neste quesito. A comissão técnica ainda está muito mal preparada, só julgando os poucos campeonatos da Federação que acontecem aqui, não fazendo intercâmbio e não procurando se aprimorar na função, infelizmente está é a nossa realidade e temos que dizer a verdade para que alguma coisa seja feita neste sentido.

O surf no Pará deu uma estagnada em termos de atletas, de premiação, de campeonatos, e na parte técnica. Fui recentemente entrevistado na TV Cultura (7 Set Independente) e para minha surpresa o próprio entrevistador citou isto e me perguntou o porque desta regressão no surf competição do Pará, fiquei pasmo, pois não esperava está pergunta, mais respondi mesmo assim.

Já tivemos um forte circuito e a categoria PRO AM 'JÁ TEVE' disputas acirradas com ATLETAS DE OUTROS ESTADOS QUE HOJE ESTÃO NO SUPERSURF, já tivemos juízes e atletas profissionais do nordeste participando do circuito paraense na extinta ASPA, infelizmente a desunião no esporte do Pará causou está estagnação.

A Federação vem fazendo um bom trabalho AMADOR, mais ainda não tem recursos suficientes para chegar aonde um dia nós já estivemos com a outra entidade.

Acho que ainda não entenderam que o nível dos atletas e os recursos(patrocínios) só irão melhorar e aparecer, se investirem na parte técnica do circuito, e aí sim, os resultados virão e o trabalho será reconhecido. Na base da amizade e da gorjeta, vai continuar sendo fraco e pecando nos resultados, realizando eventos mal julgados, atualmente o quadro de juízes está muito abaixo das expectativas, e acho também que eles deveriam estudar com afinco o livro de regras e se dedicarem mais a função que se propuseram a fazer e IR SURFAR.

Hoje ainda trabalho apenas julgando as etapas profissionais da ABRASPO, entidade da qual sou diretor, e TAMBÉM Head judge do Circuito Brasileiro de Surf Profissional na Pororoca, mais já fui juiz e head judge desde 1986 com exceção do ano de 2008 e 2009, de todas as etapas da extinta ASPA e também de todas as etapas realizadas pela Federação Paraense de Surf, realizei o circuito ECOSURF na praia da Corvina por dois anos, foram seis etapas no total, que consistia em ter como inscrição dois sacos cheios de lixo catados na praia, ou seja, já julguei e realizei mais de 70 eventos de surf no Pará, no Maranhão e no Amapá, marca da qual nenhum juiz, promotor de eventos e presidente de entidade possui aqui no Pará.

Trabalhei também com um bom número de juízes e head judges profissionais de surf do Brasil, dentre eles Netão, Armando Pracinha, Deco Albuquerque, Zuza, Demétrio, Washington, Júnior Melão, e etc, e aqui no pará com o Márcio Vahia, César Bacu, Mauro Babão, Toninho Lobato, Noélio Sobrinho, Mauro Arakem, Adriano Viana e Orlando Coelho que entendem de julgamentos de baterias e possuem um bom tempo de serviço prestados ao esporte, além de serem pessoas inteligentes, alguns hoje são doutores formados, e com muitos outros juízes que não recordo o nome agora, mais que estão na ativa julgando eventos no Brasil.

Também já tive a oportunidade de julgar uma significativa parcela dos atletas profissionais brasileiros, me desvinculei das funções de head judge e juiz por estar totalmente envolvido com a mídia do esporte no Brasil e por ver que a Federação não investia na parte técnica, como não o faz até hoje.

Se você se dispoê a fazer o trabalho, estude e faça da melhor maneira possível, leve a sério e não brinque com o esporte, pois existem atletas que treinam o ano todo. Já vi fazerem um sete na bateria e os juízes darem um três, por serem muito mal preparados para a função, desclassificando o atleta por erros gritantes de comparação de ondas e falta de critérios, isso desanima o atleta e detona uma comissão técnica inteirinha, pensem nisso...

Como um juíz de surf vai aprender a julgar BATERIAS DE SURF, julgando apenas 2 ou 3 campeonatos por ano, sem AO MENOS LER O LIVRO DE REGRAS e manter um estudo SOBRE O ESPORTE, e um intercâmbio com outros eventos PELO Brasil?

Acreditem se quiserem mais a crítica é construtiva... e apesar de tudo sou paraense e ainda acredito no surf competição do PARÁ...

Vocês já se perguntaram porque temos tantos surfistas, mais muito menos que 5% entram em competições aqui no Pará.

Surfar para mim é mais que um esporte, é a minha vida e de onde tiro uma parte do sustento da minha família, laminando pranchas, fotografando e editando matérias de surf para o site CRAUD e também para os sites WAVES e CEARASURF da qual mantenho uma parceria e para outros sites do Brasil que publicam meus trabalhos, como o Floripaturbo, Surfbrasil, Surfma e etc.

Recentemente emplaquei mais uma matéria no WAVES, foi uma entrevista que fiz com meu grande brother e parceiro de inúmeras caídas no Atalaia e um dos primeiros a desbravar as pororocas na Amazônia e que hoje está radicado em Fortaleza fazendo as locuções dos principais campeonatos de surf no nordeste e que também é Juiz nível 02 da ISA e da CBS, além de intrutor de surf, o paraense Nil Faria.

Quero agradecer a MÍDIA SOLUTIONS, a SURFIBRA COMPANY, a MAROJA S/C ADVOGADOS ASSOCIADOS, a BLUE TOUCH, a PADANG ESPORTES RADICAIS, a GOOD WAVES, a MALAWI, UGA TATTO, CABRAL SURFBOARDS, BETON CONCRETO e a REFRÍVEL, por acreditarem no trabalho do CRAUD.

Estou aberto para futuros patrocinadores que queiram levar o nome do esporte com seriedade e profissionalismo no Pará. Meu contato é 091 81113651 e o email é denisurfibra@gmail.com.

Tenho uma mensagem para os atletas paraenses e para os atletas do mundo inteiro:
Não desistam nunca de seu sonhos e lutem para conseguirem seus objetivos no esporte, as dificuldades só servem para cada vez mais evoluirmos, nada vem fácil, tudo nesta vida é conquistado com muita luta, dedicação e muito trabalho, e no ESPORTE SURF não é diferente, vejo muito atleta com talento em Salinas esperando as coisas cairem do céu, mendigando peças de roupas e acessórios dos lojistas e representantes, façam um projeto e busquem um apoio sério, acho que o caminho é por aí. Continuem almejando e buscando um futuro honesto POIS DEUS NOS PERMITIU PRATICAR UM MARAVILHOSO ESPORTE, acreditem, existem muitas pessoas neste mundo sem poder sequer levantar de uma cama.

Talvez minhas palavras façam algumas pessoas ficarem com raiva de minha pessoa e queiram afirmar suas convicções falando mal e criticando meu trabalho, a esses digo que a verdade é uma só e que a hipocrisia é a arma do mal caratér e minhas verdades são as verdades da grande maioria dos surfistas que almejam um futuro melhor para o surf paraense, pois quero ver meu filho competindo um dia, em um circuito promissor, muitos competidores acharão que tenho razão, mais se calarão por causa de retaliações, admiro o atleta Rogério Barros que teve personalidade e foi o primeiro a se manifestar publicamente, os outros são muitos fracos de personalidade, e alguns nem sabem do que estamos falando, totalmente fora do contexto e desinformados.

Se você se propõe a tomar a rédea do negócio, segura o rojão, ou passa a bola se não tiver capacidade e nem iniciativa para seguir adiante...

Deus abençõe a todos vocês, obrigado.

Auêra auára, aloha e todas as saudações possíveis para a tribo mais irada do planeta, a tribo do SURF...

Denis Sarmanho possui 41 anos de idade e uma vitalidade de 20, surfa todos os dias na praia do Atalaia ou na praia da Corvina quando as condições permitem, trabalha atualizando os boletins de ondas no estado do Pará para o site CRAUD e para o WAVES, trabalha também fotografando e editando surf profissionalmente a dois anos para o site CRAUD, ainda participa de competições sempre que pode em qualquer condição, é um dos primeiros a cair no mar e um dos últimos a sair quando as condições estão de gala no picos de Salinópolis.

Denis ainda é diretor da ABRASPO e head Judge da entidade realizando todos os anos competições com profissionais do surf brasileiro em ondas de pororocas e também é o único juiz do estado do Pará escalado para integrar o quadro de juízes na etapa do circuito nordestino em São Luis, o Pena Surf Nordeste.

As opiniões deste texto não refletem necessariamente a opinião do site CRAUD.

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