terça-feira, agosto 25

Farol Velho






Existem ondas, e ondas...

Praia do Farol Velho em Salinópolis hoje (25/08/2009) pela manhã (08:00 hrs) com a maré enchendo (maré cheia por volta de meio dia).

Pelo andar da carruagem nosso próximo inverno (dez, jan, fev, mar) promete quebrar com muita intensidade e tamanho.

As previsões científicas indicam grandes tempestades e furações acontecendo nos oceanos e tudo leva a crer que teremos um dos melhores invernos dos últimos 10 anos.

Picos como a praia do Farol velho, protegidos do vento e com uma rasa e extensa bancada poderão quebra de gala.
A onda do Farol velho é a onda mais extensa e perfeita de Salinópolis e nos bons dias chega a proporcionar mais de seis a oito manobras 'hots' por onda surfada e o inside quebra um tubo oco e cascudo.
Quem já teve o privilégio de ver esta onda funcionando sabe do que estou falando, os demais fiquem atentos, pois como dizia o poeta, 'o tempo não para'...

...Quem vier verá.

Texto e fotos: Denis Sarmanho/ CraudPhotos

sábado, agosto 22

O Guerreiro das Alagoas






CRAUD entrevista Frank Cabral Por Denis Sarmanho/Craudphotos

Fotos: Arquivo pessoal Frank Cabral

Introdução


Shaper e empresário, hoje radicado no estado do Rio de Janeiro, Cabral com é mais conhecido vem dedicando grande parte de sua vida construindo sonhos na Cabral Surfboards, sua fábrica de pranchas. Empresa que fundou no Rio de Janeiro, na praia da Macumba no Recreio dos Bandeirantes.

Com muita persistência, trabalho, força de vontade e talento Frank Cabral vem tornando-se cada vez mais conhecido nas esferas do eixo Rio e São Paulo, e também no exterior, onde recentemente teve a oportunidade de fazer shapers para uma seleta lista de atletas tops do WCT.


A seguir vocês irão conhecer um pouco da pessoa simples, humilde e batalhadora, que vem com dedicação e amor desenvolvendo um grande trabalho em prol do surf brasileiro, conquistando cada vez mais espaço e uma fatia do mercado na região sul/ sudeste e desenvolvendo também um trabalho junto com representantes do norte/ nordeste do Brasil, com diversos surfistas em todo o Brasil tendo a oportunidade de surfar com seus foguetes.


CRAUD- Conta para nós quando foi que você percebeu que poderia tornar-se um shaper de pranchas e como foi o início deste aprendizado?


Frank Cabral- Adorei essa pergunta, me faz lembrar muitas coisas boas da época! Eu sempre fui um jovem inspirado pelas raízes do meu estado, criado perto da praia e da lagoa, pescando, vendo meu povo fazer artesanato, comecei a surfa com 11 anos estudava, etc... Muito novo já fazia as minhas artes e quando não tinha dinheiro ia para competições com vários artesanatos feitos por mim. O material que eu usava adquiria da natureza. Dava para se manter tranqüilo durante todo evento. Tudo começou no ano de 97 já era competidor estava em uma boa fazendo finais em campeonatos locais e estaduais, correndo as categorias Júnior e Open. Nesse corre entre viagens e treinos conheci uma família que sempre comparecia aos eventos, eram três irmãos, dois dos irmãos sempre participavam das mesmas categorias que a minha e o outro ficava olhando as baterias na praia, mais era muito bom no free surf, eu descobri depois que o free surf que estava sempre na praia vendo as baterias ou quebrando as ondas, era shaper, e estava se destacando no mercado nacional. Mais meu primeiro contato foi com o 'irmão do meio', que era fera e sempre estava nas finais, tinha sido campeão do Nordestino- Pro, que na época era conhecido como 'Limão Brahma'. Naquele momento Iniciava uma grande amizade, e muitas aventuras, treinos e busca por títulos. Com o passar do tempo estava freqüentando a casa da família e nesse mesmo lugar ficava a fábrica, foi quando fui convidado pelo shaper para fazer parte da equipe, representando nas competições e ajudando na produção, começei fazendo consertos, depois fui para lixador, laminador, e com o decorrer dos anos meu primeiro mestre abriu as portas da Shaper Room (sala de shapear). Foi um momento mágico ver aquela plaina cortando a espuma e jogando poeira por todos os lados, o barulho da máquina, naquele momento soube que tinha preenchido meu coração, e que estava começando minha história como shaper.


CRAUD - Quanto tempo você tem de shaper, e conta também porque você resolveu mudar-se do nordeste (Alagoas) do Brasil para a região sudeste?


Cabral- Nossa... O tempo passa muito rápido, né? Vou fazer o cálculo. Fora o tempo que fiquei aprendendo a consertar e conhecendo as matérias primas, depois passei para acabamento como hot coat, glass, polimento e laminação, são onze anos shapeando.
- Porque resolvi mudar-me da minha terra natal? Eu estava em um momento muito difícil da minha carreira, minha família não tinha condições de patrocinar a profissão que escolhi e o mercado no meu próprio estado não me dava à oportunidade de crescer,eu estava vendo todos os meus sonhos indo embora.


CRAUD- Com certeza a busca por novos horizontes foi uma grande batalha, fala pra gente um pouco desta transição?


Cabral- Vocês vão adorar essa parte, espero que sirva como exemplo para as pessoas que acham, que só se ganha uma batalha se tiver dinheiro, errado! Em 2004 decidi que lutaria pelos meus sonhos de todas as formas e que estava pronto para enfrentar todos os obstáculos da vida na busca de novos conceitos e de uma vida melhor, e fazendo o que amo. Naquele ano, sabia que teria que 'sair fora' para outros estados ou até mesmo outros países. Tentei primeiro ir para Sul, mais não deu certo, então em 2005 cheguei ao meu limite, decidindo que meu destino naquele momento era o Rio de janeiro. Mais como eu iria para o Rio sem dinheiro. Foi aí que me veio umaa idéia, a de fazer um mutirão entre família e amigos, e também vendi uns objetos que eu tinha. No final acabei comprando uma passagem de só de ida (risos), e levei uma grana que daria para me manter alguns dias. Cheguei ao Rio na metade do ano de 2005, com uma prancha feita por mim, uma mochila, e cheio de medo por causa das histórias de violência que sempre via na TV. Agora vocês não vão acreditar! Eu não conhecia ninguém, nunca tinha viajado para Rio e não tinha ninguém me esperando no aeroporto.
'O resto dessa história vou contar na minha biografia se Deus quiser'.(mais risos)


CRAUD- Há quanto tempo você faz pranchas, e quantas pranchas você já produziu?


Cabral- Contando o tempo que não era shaper, mais já trabalhava no processo de construção, como cito, na segunda pergunta são quatorze anos. Hoje são mais de quatro mil pranchas shapeadas por mim.


CRAUD- Como andam as vendas do mercado de pranchas no sul/sudeste do Brasil?


Cabral- Para minha equipe estão boas. Mesmo com a grande demanda de novos fabricantes entrando no mercado, e alguns com preços bem abaixo da tabela, criando o CAMELÔ DO SURFE, utilizando matérias primas de baixa qualidade, onde a prioridade para eles é vender pranchas. 'Vender pranchas' é conseqüência de um bom trabalho, e hoje estou mais preocupado em trabalhar o surf de cada cliente, e fazê-lo evoluir com o equipamento. Dos amadores aos tops do WCT, não importa, a prancha tem que servir como uma luva.




CRAUD- Como andam as vendas do mercado de pranchas no norte/nordeste?

Cabral- Para essas regiões e outras, comecei a vender á quatro anos. Depois que comecei a utilizar as vantagens do mundo da internet. Sei que lá(nordeste), os preços são bem mais baixos em relação ao Sul/Sudeste, até porque a custo de vida é outro, mais sempre aparecem compradores interessados nos meus produtos.


CRAUD- Qual ou quais as dificuldades em se tornar um shaper de pranchas no Brasil?

Cabral- Para que não tem dinheiro, são muitas! Foi o que aconteceu comigo, tive que começar de baixo, tomando muitos esporros e aprendendo com os erros, sendo muito humilde para que os shapers abrissem as portas de cada fábrica por onde passava. Agora quem tem uma renda melhor, hoje existem cursos profissionalizantes para shapers. Mais por experiência própria, tenho certeza que nessa área não importam a classe social que você tem, o tempo e a busca por novos conceitos é que vai fazer a diferença na profissão.


CRAUD- Fale um pouco sobre o Computer Desing System (CDS) e porque este sistema vem revolucionando o mercado de shaper no Brasil?

Cabral- Faz quatro anos que venho utilizando esse programa, além de outros como DSD e 3D. O CDS foi criado por um shaper renomado no mercado nacional e internacional, o shaper carioca Henry Lelot. Ele planeja as medidas de cada prancha a ser shapeada. Garantindo maior facilidade na repetição de boas pranchas e na correção de medidas necessárias para adequar o funcionamento da prancha ao estilo de cada surfista.


CRAUD- Quais as diferenças básicas nos shapers feitos para surfistas iniciantes e nas pranchas feitas para atletas que buscam alta performance, como os surfistas profissionais por exemplo?


Cabral- As pranchas dos atletas são mais personalizadas, levando em consideração variáveis como posicionamento do corpo e aplicação de força e peso sobre a prancha, entre outras considerações. É justamente este fator que faz um atleta evoluir mais rápido e obter maior regularidade em suas performances.



CRAUD- Como surgiu a idéia de dar nomes(exóticos) aos seus diferentes modelos de pranchas?

Cabral- Muito boa a pergunta! Eu adoro o meu país e respeito muito nossas culturas, amo a natureza e não podia deixar de fazer uma homenagem aos primeiros habitantes do nosso Brasil, os Índios! Os nomes que batizei em meus modelos são de 'Deuses Indígenas'.



CRAUD- Quais os modelos recomendados para surfistas iniciantes?


Cabral- Para quem vai dar suas primeiras caídas(sufadas), temos a CATXERÊ, nossa linha de funboards, e a outra opção é a BOTXATONIÂ, nossa linha de longboards. Para iniciantes que já colocam no corte e já mandam as primeiras manobras as opções são: a ALAMOA, nosso modelo para o dia-a-dia, a ARAPUCA, nosso modelo para quando o mar apresentar ondas muito pequenas, e o modelo que fez muito sucesso na década de 1970, a BAD FISH.


CRAUD- Quais os modelos recomendados para surfistas que buscam uma maior performance?


Cabral- Se ele surfar de shortboard, com certeza á ABEGUAR, um modelo para alta performance, ela foi projetada para campeões. Também temos uma opção muito boa entre as merrequeiras, a HAMÂY, um modelo projetado pra quem busca um surfe mais rápido com alto desempenho nas marolas.
- Para a galera que resgata as raízes do esporte competindo com longboards, tenho o modelo tri fins para alto desempenho.


CRAUD- Qual o diferencial de quem adquire um produto da qualidade da Cabral surfboards hoje em dia?

Cabral- O diferencial é que hoje a equipe tem quatro opções em matérias primas, o poliuretano + poliester (prancha convencional) que está a 60 anos no mercado, com matéria prima nacional e matéria prima internacional. A terceira opção é a nova tecnologia EPS/Epoxy, 30% a mais de flutuação e ideal para ondas de 0,5 m a 1,0 m. A quarta e ultima opção é a combinação do poliuretano com a resina Epoxy, que garante uma maior durabilidade.



CRAUD- Conta um pouco sobre esta experiência de trabalhar com um dos maiores shapers do mundo Henry Lelot, e shapear pranchas para os tops do WCT?


Cabral- Agradeço todos os dias a Deus, por ter colocado Lelot na minha vida. È assim que os mais íntimos o chamam! Ele foi o primeiro shaper que conheci e trabalhei aqui no rio, e foi à pessoa que abriu as portas para mim na época. O cara é o cientista das pranchas, sempre criando novos conceitos, trazendo novas tecnologias para o mundo do surfe. Fez pranchas para atletas de peso no cenário nacional e internacional, fez e ainda faz! Obtendo grandes resultados em sua carreira. Trabalhei três anos na produção das 'Lelot', no ínicio fui lixador e com passar dos meses me tornei Back shape. Às vezes parava para pensar, pois não acreditava que estava fazendo pranchas para alguns dos melhores surfistas do mundo e aprendendo todos os segredos com o mestre das pranchas. Obter a confiança e a responsabilidade de shapear as pranchas dos tops do WCT foi conseqüência da vida, com muitos trabalhos e estudos.



CRAUD- Deseja citar alguns atletas que já encomendaram ou surfaram ou surfam com os foguetes da Cabral Surfboards?


Cabral- Claro, Adriano Silva, Patrick Tamberg, Martins Bernardo, John Max, Bernardo Monteiro, Lucas Soares, Venâncio Pimenta, Luan Nascimento, Carlos Belo, Beto Lisboa.



CRAUD- Como é o seu dia a dia na fábrica?


Cabral- Passo a maior parte do dia no shaper Room, trabalhando, só paro quando um cliente, ou outros trabalhos do dia-a-dia aparecem.


CRAUD- Sobra tempo para surfar neste corrido e fascinante mundo dos negócios de pranchas. Quais os picos onde costuma surfar no Rio de Janeiro?


Cabral- Com certeza! Moro a dois minutos da praia e quando tem onda vou para água treinar, na maioria das vezes, ás caídas são bem cedo. Quando chega o verão a grande demanda de vendas aumenta muito por causa da temporada, e com tantos trabalhos a melhor opção para alguns fabricantes é o final de tarde das 18:00 hrs ás 20:00 hrs. Mais em dias de mar clássico, todo mundo vira vagabundo, não importa o horário, todos estão na água. Os picos?
São muitos mais vamos lá... Macumba, CCB, Secreto, Prainha, Grumari, Praia do Inferno, Marambaia, Recreio, Reserva, Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon. Fora os picos que tem que sair da capital, como: Saquarema, Itacoatiara e etc... Graças a Deus o Rio é abençoado pelas opções de ondas e com as grandes ondulações que entram no litoral.




CRAUD- Comente sobre o lançamento do novo site da Cabral Surfboards?

Cabral- Fiquei muito feliz com o resultado, já tinham se passado dois anos que o site estava no ar e eu estava com varias idéias e arquivos para a versão 2009. Recebi também muitas idéias da equipe de Web Designers que cuida do site e de clientes que vem acompanhando a página desde o ínicio. Vou até aproveitar esse momento para agradecer a todos que compartilharam com desenvolvimento da versão 2009.


CRAUD- Algum novo projeto em vista?

Cabral- Tenho sim, e são muitos! Peço desculpa a todos, mais não vou divulgar quais são porque sou uma pessoa muito supersticiosa, que sempre espera acontecer. O que posso adiantar que até o verão de 2010 vamos ter grandes projetos prontos e realizados.



CRAUD- Fique a vontade para mandar alguma mensagem?


Cabral- Quero aproveitar esta oportunidade e mandar um recado para todos que levam o localismo a sério e que são a favor desse absurdo. "Galera, vamos acabar com essa hierarquia, deixando de impor domínio no local onde vocês surfam! Surfe é paz, relaxamento, cultura, tranqüilidade, harmonia, sentimento, educação, prazer, preservação".
"Surfe é vida".

Fiquem com Deus e aloha


Contatos:
Site: www.cabralsurfboards.com
Twitter: WWW.twitter.com/cabralsurfboard
Msn: cabral_sh@hotmail.com online

E-mail: contato@cabralsurfboards.com

Skype: fcabral
Tel: 21 24900322 99169761

segunda-feira, agosto 17

Novas Fotos- Temporada do Inverno Passado











É galera, enquanto o inverno ainda vai demorar mais alguns meses para começar a mandar boas ondulações, vamos nos deliciando com as ondas que bombaram na temporada passada. Selecionamos mais uma galeria de fotos inéditas de alguns momentos radicais que ficaram eternizados para sempre no surf paraense. Fotos: Denis Sarmanho/ Craud Photos

terça-feira, agosto 11

SURF LEVADO A SÉRIO

Denis Sarmanho- Domingo Dia dos Pais Denis Sarmanho- Domingo Dia dos Pais

Neste domingo nosso editor foi flagrado treinando forte na praia do Atalaia em Salinópolis, no Pará e aproveitou para falar conosco pela primeira vez sobre os bastidores do surf paraense.

O mar neste domingo cresceu um pouco e deu uma condição de surf nas melhores séries, aproveitei e experimentei meu novo equipamento.

Estou querendo participar do resto das etapas da Federação ainda este ano, apesar de tudo que vou dizer, pois a Federação não é uma pessoa e nem é, de uma pessoa, elas estão na função e são eleitas pelas associações participantes (SABIAM DISSO?), e também correr o Pena Surf Nordeste em novembro em São Luis, logicamente se eu não for escalado para trabalhar na parte técnica do evento, como no ano passado.

Recebi um novo equipamento e estou me adaptando bem com a maroleira 5.11 squash. A prancha é bem soltinha e tá começando a render manobras modernas e com muita pressão.

Pretendo estar entre os dez melhores atletas paraenses no circuito este ano, pois perdi a primeira etapa e não pontuei, estava voltando do WCT em Santa Catarina e não deu para correr esta primeira etapa em Bragança, passei vinte dias fotografando e aproveitando para treinar em boas ondas, nas duas etapas do mundial que rolaram lá em julho, pegando mares de 3 a 6 pés nas praias da Vila e no Rosa Norte em Imbituba e também na praia Mole em Floripa.

Me falaram que ainda terão mais três etapas, diferente do ano passado, que só tiveram duas, então vou poder correr atrás do prejuízo, pois o nível este ano está mais elevado com a entrada do Rafael Corrêa que já corria a Open, mais ainda era atleta da Junior, agora ele tá focado só na Open e já saiu na frente com mil pontos conquistados em Bragança, com o Rodrigo Barros que é Bi campeão paraense, colado na segunda colocação.

Estou muito confiante e com o apoio da Mídia Solutions e da Surfibra Company vou tentar fazer a final em Mosqueiro e emplacar mais uma final em Salinas, onde treino diariamente e conheço bem a vala, fazendo estas duas finais entro direto no primeiro escalão do surf paraense e ganho disposição para brigar pelo título em 2010, se não coincidir de me ausentar do estado nas datas do circuito paraense.

A minha única dificuldade será mostrar meu surf para os juízes aqui no Pará, pois ainda não se viu um bom investimento por parte da Federação neste quesito. A comissão técnica ainda está muito mal preparada, só julgando os poucos campeonatos da Federação que acontecem aqui, não fazendo intercâmbio e não procurando se aprimorar na função, infelizmente está é a nossa realidade e temos que dizer a verdade para que alguma coisa seja feita neste sentido.

O surf no Pará deu uma estagnada em termos de atletas, de premiação, de campeonatos, e na parte técnica. Fui recentemente entrevistado na TV Cultura (7 Set Independente) e para minha surpresa o próprio entrevistador citou isto e me perguntou o porque desta regressão no surf competição do Pará, fiquei pasmo, pois não esperava está pergunta, mais respondi mesmo assim.

Já tivemos um forte circuito e a categoria PRO AM 'JÁ TEVE' disputas acirradas com ATLETAS DE OUTROS ESTADOS QUE HOJE ESTÃO NO SUPERSURF, já tivemos juízes e atletas profissionais do nordeste participando do circuito paraense na extinta ASPA, infelizmente a desunião no esporte do Pará causou está estagnação.

A Federação vem fazendo um bom trabalho AMADOR, mais ainda não tem recursos suficientes para chegar aonde um dia nós já estivemos com a outra entidade.

Acho que ainda não entenderam que o nível dos atletas e os recursos(patrocínios) só irão melhorar e aparecer, se investirem na parte técnica do circuito, e aí sim, os resultados virão e o trabalho será reconhecido. Na base da amizade e da gorjeta, vai continuar sendo fraco e pecando nos resultados, realizando eventos mal julgados, atualmente o quadro de juízes está muito abaixo das expectativas, e acho também que eles deveriam estudar com afinco o livro de regras e se dedicarem mais a função que se propuseram a fazer e IR SURFAR.

Hoje ainda trabalho apenas julgando as etapas profissionais da ABRASPO, entidade da qual sou diretor, e TAMBÉM Head judge do Circuito Brasileiro de Surf Profissional na Pororoca, mais já fui juiz e head judge desde 1986 com exceção do ano de 2008 e 2009, de todas as etapas da extinta ASPA e também de todas as etapas realizadas pela Federação Paraense de Surf, realizei o circuito ECOSURF na praia da Corvina por dois anos, foram seis etapas no total, que consistia em ter como inscrição dois sacos cheios de lixo catados na praia, ou seja, já julguei e realizei mais de 70 eventos de surf no Pará, no Maranhão e no Amapá, marca da qual nenhum juiz, promotor de eventos e presidente de entidade possui aqui no Pará.

Trabalhei também com um bom número de juízes e head judges profissionais de surf do Brasil, dentre eles Netão, Armando Pracinha, Deco Albuquerque, Zuza, Demétrio, Washington, Júnior Melão, e etc, e aqui no pará com o Márcio Vahia, César Bacu, Mauro Babão, Toninho Lobato, Noélio Sobrinho, Mauro Arakem, Adriano Viana e Orlando Coelho que entendem de julgamentos de baterias e possuem um bom tempo de serviço prestados ao esporte, além de serem pessoas inteligentes, alguns hoje são doutores formados, e com muitos outros juízes que não recordo o nome agora, mais que estão na ativa julgando eventos no Brasil.

Também já tive a oportunidade de julgar uma significativa parcela dos atletas profissionais brasileiros, me desvinculei das funções de head judge e juiz por estar totalmente envolvido com a mídia do esporte no Brasil e por ver que a Federação não investia na parte técnica, como não o faz até hoje.

Se você se dispoê a fazer o trabalho, estude e faça da melhor maneira possível, leve a sério e não brinque com o esporte, pois existem atletas que treinam o ano todo. Já vi fazerem um sete na bateria e os juízes darem um três, por serem muito mal preparados para a função, desclassificando o atleta por erros gritantes de comparação de ondas e falta de critérios, isso desanima o atleta e detona uma comissão técnica inteirinha, pensem nisso...

Como um juíz de surf vai aprender a julgar BATERIAS DE SURF, julgando apenas 2 ou 3 campeonatos por ano, sem AO MENOS LER O LIVRO DE REGRAS e manter um estudo SOBRE O ESPORTE, e um intercâmbio com outros eventos PELO Brasil?

Acreditem se quiserem mais a crítica é construtiva... e apesar de tudo sou paraense e ainda acredito no surf competição do PARÁ...

Vocês já se perguntaram porque temos tantos surfistas, mais muito menos que 5% entram em competições aqui no Pará.

Surfar para mim é mais que um esporte, é a minha vida e de onde tiro uma parte do sustento da minha família, laminando pranchas, fotografando e editando matérias de surf para o site CRAUD e também para os sites WAVES e CEARASURF da qual mantenho uma parceria e para outros sites do Brasil que publicam meus trabalhos, como o Floripaturbo, Surfbrasil, Surfma e etc.

Recentemente emplaquei mais uma matéria no WAVES, foi uma entrevista que fiz com meu grande brother e parceiro de inúmeras caídas no Atalaia e um dos primeiros a desbravar as pororocas na Amazônia e que hoje está radicado em Fortaleza fazendo as locuções dos principais campeonatos de surf no nordeste e que também é Juiz nível 02 da ISA e da CBS, além de intrutor de surf, o paraense Nil Faria.

Quero agradecer a MÍDIA SOLUTIONS, a SURFIBRA COMPANY, a MAROJA S/C ADVOGADOS ASSOCIADOS, a BLUE TOUCH, a PADANG ESPORTES RADICAIS, a GOOD WAVES, a MALAWI, UGA TATTO, CABRAL SURFBOARDS, BETON CONCRETO e a REFRÍVEL, por acreditarem no trabalho do CRAUD.

Estou aberto para futuros patrocinadores que queiram levar o nome do esporte com seriedade e profissionalismo no Pará. Meu contato é 091 81113651 e o email é denisurfibra@gmail.com.

Tenho uma mensagem para os atletas paraenses e para os atletas do mundo inteiro:
Não desistam nunca de seu sonhos e lutem para conseguirem seus objetivos no esporte, as dificuldades só servem para cada vez mais evoluirmos, nada vem fácil, tudo nesta vida é conquistado com muita luta, dedicação e muito trabalho, e no ESPORTE SURF não é diferente, vejo muito atleta com talento em Salinas esperando as coisas cairem do céu, mendigando peças de roupas e acessórios dos lojistas e representantes, façam um projeto e busquem um apoio sério, acho que o caminho é por aí. Continuem almejando e buscando um futuro honesto POIS DEUS NOS PERMITIU PRATICAR UM MARAVILHOSO ESPORTE, acreditem, existem muitas pessoas neste mundo sem poder sequer levantar de uma cama.

Talvez minhas palavras façam algumas pessoas ficarem com raiva de minha pessoa e queiram afirmar suas convicções falando mal e criticando meu trabalho, a esses digo que a verdade é uma só e que a hipocrisia é a arma do mal caratér e minhas verdades são as verdades da grande maioria dos surfistas que almejam um futuro melhor para o surf paraense, pois quero ver meu filho competindo um dia, em um circuito promissor, muitos competidores acharão que tenho razão, mais se calarão por causa de retaliações, admiro o atleta Rogério Barros que teve personalidade e foi o primeiro a se manifestar publicamente, os outros são muitos fracos de personalidade, e alguns nem sabem do que estamos falando, totalmente fora do contexto e desinformados.

Se você se propõe a tomar a rédea do negócio, segura o rojão, ou passa a bola se não tiver capacidade e nem iniciativa para seguir adiante...

Deus abençõe a todos vocês, obrigado.

Auêra auára, aloha e todas as saudações possíveis para a tribo mais irada do planeta, a tribo do SURF...

Denis Sarmanho possui 41 anos de idade e uma vitalidade de 20, surfa todos os dias na praia do Atalaia ou na praia da Corvina quando as condições permitem, trabalha atualizando os boletins de ondas no estado do Pará para o site CRAUD e para o WAVES, trabalha também fotografando e editando surf profissionalmente a dois anos para o site CRAUD, ainda participa de competições sempre que pode em qualquer condição, é um dos primeiros a cair no mar e um dos últimos a sair quando as condições estão de gala no picos de Salinópolis.

Denis ainda é diretor da ABRASPO e head Judge da entidade realizando todos os anos competições com profissionais do surf brasileiro em ondas de pororocas e também é o único juiz do estado do Pará escalado para integrar o quadro de juízes na etapa do circuito nordestino em São Luis, o Pena Surf Nordeste.

As opiniões deste texto não refletem necessariamente a opinião do site CRAUD.