segunda-feira, abril 12

Camaraçu Impressionante, O Leste Dourado































Camaraçu Impressionante, O Leste Dourado. Fotos: Jader Paes. Texto e edição: Denis Sarmanho.

Alex Cavalcante junto com o fotógrafo Jader Paes desbravam pela segunda vez neste ano, as secretas ondas de um distante 'beach break' paraense conhecido como "A Ponta do Camaraçu"

Para chegar ao pico são mais de oito horas de viagem. Porém as ondas impressionam pelo tamanho e pela força, sem falar no visual paradisíaco e alucinante do lugar. Com o ar puro e sem poluição, e uma natureza intacta e selvagem, a viagem é para poucos aventureiros, verdadeiros "surfistas de alma". Logicamente que não existe crowd, e pela distância e a dificuldade do acesso, podemos considerar está região como uma das mais inóspitas e menos visitadas do planeta, com a menor densidade demográfica do país.

Depois de viajar quatro horas de carro com destino ao município paraense conhecido como Augusto Corrêa, logo em seguida mais quatro horas em barco pesqueiro da região, alugado especialmente para a empreitada, Alex e um punhado de surfistas, se deliciaram e exploraram as ondas das duas bancadas mais constantes deste litoral exuberante, desconhecido da grande maioria dos surfistas do Brasil, "Maçarocas e Jambas" (denominação usada pelos surfistas desbravadores da região, que a pedidos dos pescadores nativos não irão fornecer maiores informações de como chegar ao 'beach break').

Depoimento de Alex Cavalcante para o site CRAUD- Apesar do mais estranho inverno equatorial que já presenciei nestas três décadas de surf, as chuvas finalmente começaram a cair no final do mês de março. Finalmente pude investir em mais uma trip para 'Camaraçu', como já venho fazendo a quatro longos anos, meu surf spot preferido aqui no Pará. Em duas investidas intervaladas entre quinze dias, constatei que apesar de nenhum "big swell" ter nos agraciado nestes dois finais de semana, as boas e fortes ondas que rolaram nas bancadas deste inóspito litoral, sempre valem o sacrifício para se chegar ao pico, visto que são necessários quatro horas viajando de carro e mais quatro horas de barco para chegarmos ao destino final. E como das outras vezes anteriores, apesar do difícil acesso, e da acomodação precária nos ranchos de pesca, (é necessário levar desde barraca de camping, alimentação, água e demais equipamentos), vale muito a pena, pois, além de uma “Maçaroca” sempre nervosa botando inclusive alguns surfistas para vomitar, o “Jambas” com sua constância e boa formação, sempre justificam todo esse esforço. Desfrutem agora das imagens do Jader Paes, que apesar de muito boas, ainda não fizeram jus a todo o potencial que o pico nos oferece, e tirem as suas conclusões, sobre o nosso “Leste Dourado”. Valeu e até a próxima trip...
Aloha!!!

Não nos resta dúvidas, que a cada dia que passa mais picos de surf e novas ondas vão sendo descobertas e exploradas ao redor do mundo, e a região Norte do Brasil começa a ser desbravada pelos surfistas paraenses sedentos por ondas grandes. Depois de nós, os paraenses, desmistificarmos os fenômenos das pororocas na Amazônia, que já foi tema de filmes de surf, agora sentimos a necessidade de surfar em ondas de oceano com condições extremas, e com o nosso vasto e extenso litoral, com toda a certeza iremos achar novos picos.

Quem viver verá...

3 comentários:

  1. Craud, a letra azul não tá dando pra enxergar legal neste fundo, sugiro um branco ou cinza. Abraços!

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  2. Fala Tarik, fiz a postagem com tanta pressa que nem vizualizei depois.
    Vamos ficar mantendo contato.
    Forte abraço friend...

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