terça-feira, agosto 28

Poeira em Alto Mar


















Poeira em Alto Mar

por Aldemir Calunga

Se você surfa e quer praticidade para entrar no mar, temperatura da água agradável, ondas muito perfeitas, com cor agradável, tubulares e extensas, o norte peruano é a pedida

Na realidade o Crowd, que poderia até ser maior, pois sobram ondas, é o melhor em quantidade. Paraíso de surf, envolvendo todas as suas formas de deslizar sobre as ondas.

Pessoas do mundo inteiro estão buscando esse pedaço de deserto. Estive surfando e acampando no Deserto de Bayobar e vi que são diferentes as acomodações que encontramos por aqui.

Viajar, trabalhar e entender o norte do Peru com amigos de longas datas como Danilo Costa, Aleko e Thiago Brant, juntamente com o Serginho Laus, Evandro, Grillo e Evandro foi de tal harmonia que tivemos dias ótimos com surfe, tubos e velejos.

Serginho arrepiou em Pacasmayo, pensando que estava na Pororoca. Thiago colocou o Kite num dia de vento rajados e arrebentou. O Costa dando aula de colocação nos tubos é um homem exemplo.

Na região próxima a cidade de Talara até a fronteira com o Equador, são aproximadamente 250 KM, o paraíso de baias e point breaks que o continente sul americano apresenta, tem a qualidade, o padrão e a perfeição internacional de ondas para os diferentes níveis de surfistas. É perfeito para os admiradores de tubos perfeitos com tamanho para os surfistas deslisarem em pé dentro da mãe natureza.

A região é árida e bem inóspita, um mar riquíssimo de peixes da melhor qualidade e super bem explorado com seus pescadores nativos e a indústria da pesca e um solo aparentemente recheado de petróleo onde os cavalinhos das exploradoras petrolíferas e suas inúmeras plataformas é uma constante mar adentro, visual que contrasta com muitos pelicanos e catraias enormes no céu, todos esperando o próximo mergulho para o peixe cair no papo e ser devorado. 

O surfe irá fazer esse lugar crescer muito, são inúmeras instalações. Espero que o progresso forme bons surfistas, educados e que entendam a necessidade do trabalho para que o turismo se torne um atrativo e o desejo de voltar seja real, simplesmente pela beleza e organização do lugar.

Hoje Talara, a cidade mais próxima de Lobitos conta com três vôos semanais de lima pela companhia aérea Star Peru. Os voos são as segundas, quintas e sextas, facilitando bastante a chegada dos que buscam o swell, pois o aeroporto fica a vinte minutos das ondas clássicas.

Os Surfistas da região são hospitaleiros e camaradas, citar figuras como Jaime do Resort El Faro em Pacasmayo, super camarada e prestativo, um cara sempre pronto para servir, o Luiggi Borgo de Lobitos, que além de ótimo surfista e fotógrafo, fala um português perfeito devido sua longa estada no Brasil e é um caçador fissurado por ondas perfeitas. Toda equipe do Hotel Lobitos muito bacana, além da boa estada é muito boa a comida, eu recomendo a pasta com camarões e polvo. Também gostaria de agradecer a prestatividade do surfista Peruano Nacho, além dos dias juntos na mesma residência, me emprestou o kite num dia de ótimo velejo com ventos fortíssimos, característica do local.

Na região predomina os ventos fortes após o meio-dia, que se estende até o final da tarde, vindo a abrandar virando pra terral no fim do dia, na volta o surfe world class. A predominância é do vento do quadrante sul e alternando para sudeste no terral.

Em especial El Hueco, La fronteira e Lobitos são sessões da mesma onda, o sonho de qualquer surfistas é emendá-las em três diferentes tubos e é isso que busco aqui, em breve mais um swell chegará e o desafio é aumentar o tempo de permanência dentro dos tubos, conviver e entender a cultura peruana. Sempre abençoado por swells constantes do pacifico, por amigos que amam o surf e sabem viver a vida da melhor maneira possível.

Para registro de suas memórias nessas ondas clássicas em fotos ou imagens e qualquer informação contate Luiggi Borgo, e-mail Luiggiborgo@hotmail.com ou Nextel 51*1000*816.

Vale lembrar que a melhor época do surfe é setembro, outubro e novembro, quando as bancadas de areia e pedras estão quebrando com total esplendor.

Viva a pacha mama!